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O drama decorre no ano de 1975, altura em que Moçambique se torna um estado independente. Nessa altura o novo regime procura limpar as ruas da prostituição e tenta que estas mulheres se tornem úteis à nova sociedade que pretendem construir de base. A história desenrola-se na altura em que 500 prostitutas são enviadas à força para um centro educacional algures na selva, onde são obrigadas a aprender novas regras de convivência e a redescobrir o seu papel na nova pátria. Margarida é uma adolescente de 16 anos que ali foi parar por engano, quando tentava comprar o enxoval para o seu casamento. Inocente, ela não tem pecados para expiar. A viverem um inferno, as mulheres unem-se num plano para poderem escapar daquele lugar pretendedndo desta forma denunciar a opressão machista e pôr a nu as injustiças da “Operação Produção”, levada a cabo pelo regime. Margarida torna-se assim a representação de liberdade e de pureza num lugar onde, segundo uma das personagens, “o camarada é pior que o colono”. Com o comentário especial de Rui Silva, investigador do CEAUP, o drama de Lícinio de Azevedo, pode ser visto no próximo dia 13 de julho, pelas 21h30, no anfiteatro da ESE-IPVC. A entrada é livre! Todos os participantes terão direito a um certificado. |
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Atualizado em 07.07.2017 |