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A Autoridade Nacional Palestiniana conquistou nesta segunda-feira o estatuto de membro pleno da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Dos 173 países que votaram a proposta de adesão, 107 foram a favor, 14 foram contra e 52 abstiveram-se. O pedido de adesão da ANP teve os votos favoráveis da Índia, China e vários países latino-americanos.Os EUA, Alemanha e Canadá, entre outros, pronunciaram-se contra. Portugal votou segundo a linha da União Europeia, abstendo-se. Os Estados Unidos da América e o Estado de Israel já anunciaram penalizações à UNESCO por esta sua decisão. A porta-voz do Departamento de Estado Norte-Americano, Victoria Nuland, disse que a votação desta segunda-feira obriga a um corte de financiamento americano a qualquer agência da ONU que aceite os palestinianos como membros plenos antes de que seja alcançado um acordo de paz israelo-palestiniano. A Unesco depende dos EUA para 22% de seu orçamento, o que a coloca perante uma situação difícil. Para os palestinianos, a vitória na Unesco é vista como um passo na tentativa de ter seu Estado reconhecido pela ONU. A agência cultural foi a primeira na qual os palestinianos buscaram integração como membro total desde que o presidente Mahmoud Abbas entrou com o pedido de reconhecimento nas Nações Unidas, em 23 de setembro.
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Atualizado em 03.11.2011 |